domingo, 4 de abril de 2010

Ode ao Amor



Muitos meses se passaram desde a última atualização desse blog. Nesse meio tempo, recebi diversos cartões dos meus queridos amigos viajantes, que não foram postados por negligência da minha parte, confesso. Agora pretendo reparar esse terrível erro e inicio as postagens de 2010 em grande estilo: apresento-lhes o fabuloso Taj Mahal!

Meu amiguinho Solti foi à Índia nas últimas férias e me trouxe vários cartões lindos. Mas eu tinha que postar esse. Quem não se emociona ao olhar para o suntuoso palácio de mármore branco construído entre 1630 e 1652 por ordem do imperador Shah Jahan em memória de sua esposa Arjumand Banu Begam, que passou a se chamar Mumtaz Mahal (“a jóia do palácio”) após o casamento? O nome Taj Mahal seria uma variação do nome de Mumtaz Mahal, que faleceu após dar à luz o 14° filho.

O monumento mais famoso do país foi erguido na cidade de Agra e para sua construção foi utilizado o fino mármore das pedreiras locais, além de uma infinidade de pedras semipreciosas, como jades e cristais chineses, lápis-lazúli do Afeganistão, safiras do Ceilão, ágatas do Iêmen e ametistas da Pérsia. Na cúpula, ainda encontram-se fios de ouro. A maior prova de amor do mundo também conta com duas mesquitas e é cercada por quatro minaretes, construídos com uma leve inclinação para que, em caso de desabamento, não caiam sobre o edifício central. Cerca de 20 mil trabalhadores de diversas cidades orientais foram empregados na obra.

Todo o complexo do Taj Mahal apresenta uma perfeita simetria. Rodeando a cúpula principal, há quatro cúpulas menores. Os arabescos exteriores trazem as pedras semipreciosas incrustadas no mármore de acordo com uma técnica cuja precisão era tanta que as juntas das incrustações só podem ser distinguidas utilizando-se uma lupa. O rendilhado das janelas foi esculpido em blocos de mármore maciço. A única quebra na simetria da obra é o túmulo do imperador, construído ao lado do de sua amada.

Reza a lenda que ele pretendia construir para si um outro palácio, na margem oposta do rio, todo em mármore negro e que se ligaria ao Taj Mahal por uma ponte de ouro. Mas Shah Jahan teria sido deposto antes de conseguir realizar esse projeto.



Taj Mahal
Índia – 3/2010